NESIDH indica: Holocausto Brasileiro
- nesidhufpr
- 25 de jun. de 2021
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O dia 18 de maio foi instituído como o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, simbolizando
a luta dos profissionais de saúde por um tratamento mais humano àqueles que fazem o uso
do sistema de saúde mental no Brasil. Para dar voz a milhares de vidas que foram silenciadas devido à política manicomial, a jornalista Daniela Arbex, apresentou em seu livro Holocausto Brasileiro, um resgate de um dos capítulos de maior barbárie da história brasileira: o genocídio de mais de 60 mil pessoas no maior hospício do Brasil, o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, em Minas Gerais.

Isabella Traub, além de indicar o livro, relembra que, acerca do tema, o Brasil já foi responsabilizado internacionalmente no Caso Ximenes Lopes pela violação de direitos humanos de uma pessoa com deficiência mental, tendo sido a primeira condenação do Estado brasileiro perante à Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) e o primeiro precedente sobre a temática, o que levou o Estado brasileiro a elaborar uma política antimanicomial.
A luta antimanicomial surge a partir da união e do pleito de diversas categorias profissionais, usuários e seus familiares, acadêmicos, dentre outros, que questionavam o modelo de assistência dado aos pacientes que era focado em internações em hospitais psiquiátricos e à práticas de tortura como forma de tratamento, que incluíam o uso de eletrochoques, dentre outros, tendo em vista as graves violações aos direitos das pessoas que lá se encontravam. Uma luta em defesa dos direitos das pessoas que sofrem transtornos mentais.





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